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terça-feira, 31 de dezembro de 2013

Metas 2014

Livrar-me da culpa para a qual fomos criados.
Deixar de viver em função do Outro.
Buscar o Meu Bem.
Ser a protagonista da minha história.
Acreditar que mereço o melhor. (Assumir atitude física e mental de merecimento.)
Não ter medo. Não me preocupar. ("Preocupar-se é acreditar no mal".)
Afinal, meu Pai está no controle.

sexta-feira, 27 de dezembro de 2013

RETROSPECTIVA 2013

Sim, foi um ano
de provações.
E transformações.

De perdas e ganhos.
De partidas e chegadas.      
De renovação.
De renascimento.

De recomeços.
De reformas.
De descobertas.

De reavaliações.
De evolução.
De revolução.

Que tudo seja para o melhor.

Que venha o novo ano,
trazendo uma VIDA NOVA,
cheia de Saúde, Paz,
Alegria e Harmonia.

segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

Balança

No momento 
estou cansada demais 
pra virar 
qualquer mesa. 

Fora que a vida 
sempre me coloca 
(ou serei eu mesma?) 
no banco. 

Mas um dia de cada vez, 
um passo de cada vez, 
eu vou virando o jogo, 
reavaliando os pesos.

Uma hora o prato 
vai pender 
para o meu lado.

Por enquanto 
ainda estou aqui. 
Com você. 
Pra você. 
Do seu lado.

Só por hoje.

Autoral

Cansei
de 
ser
coadjuvante
da
minha 
própria
história





As letras nunca te deixarão só

Ainda que rodeada 
de amigos e família
e tanto amor
que nunca te deixam só...

Algumas coisas
só as letras te dirão.

Algumas coisas
só a elas dirás.

E para algumas coisas
elas serão sempre
a tua única, verdadeira
e melhor companhia.  

segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

À força contida

Ainda está aí.
Escondida aí dentro.
Apenas está assustada.

Perdeu o chão
junto com a ilusão
de que tinha o controle.

Mas ela é forte
e logo vai descobrir
que não precisa desse chão.

Porque tem uma Mão
a lhe sustentar.

Logo vai perceber
que a sua força está
em não precisar controlar,
em não precisar se preocupar.

Que a sua força está na Força.
Que a sua força está em crer, 
confiar e descansar
nAquele que tem o Controle.

E aí, então,
ela vai voltar com tudo.

Em revista

Se sempre um
tem que amar mais,
então que seja
o outro.

Estações

Enquanto uns chegam,
outros partem.
E vice versa.
Sempre tem o vice versa.

quinta-feira, 31 de outubro de 2013

Juramento

Que as letras sirvam
sempre para esclarecer
e nunca para confundir...

Para unir, nunca para separar...
Para exaltar e não para diminuir...
Para acarinhar e não para machucar.

Para promover a esperança
e não a desconfiança... 

A alegria e não a revolta...
A conscientização
e não o conformismo...

A criatividade e não a opressão...
O amor e não a violência...
A tolerância e não o radicalismo...

A liberdade e não a servidão...
O crescimento e não a repressão... 
A Fé e não o desespero...
A vida e não a apatia...

Que sirvam para abrir as mentes
e expandir os horizontes,
nunca para restringi-los.

sexta-feira, 25 de outubro de 2013

Meu bem, meu mal e o maniqueísmo

Tua alegria me faz feliz.
Tua tristeza me dói. 
Teu sorriso  ainda me encanta.
Tua voz me aquece.
    
Teu olhar me ilumina.
Teu toque me incendeia.  
Quando olho pra você
me sinto em casa.

Quando nos entregamos
é como se eu bebesse
na fonte da vida.

Como se recarregasse as baterias,
do corpo e da alma,
me re-harmonizando
e reencontrando meu eixo.

A despeito de nossas diferenças
e manias individuais,
quando estamos juntos
simplesmente nos sentimos bem.

A despeito de qualquer convenção,
isso não pode ser do mal.

Me pergunto se conseguiríamos
passar por tudo que passamos
se não tivéssemos um ao outro.

E isso aumenta minha frágil
e pálida quase certeza.
Isso não pode ser errado.

quarta-feira, 23 de outubro de 2013

Re-sentimento

Não sou ressentida.
Não quero ser ressentida.
Não gosto de ser ressentida.

Mas hoje estou ressentida.
Com a vida.
Com as pessoas.
Comigo mesma.
                               
Por ser tão tola.                     
Por estar ressentida.
Por me sentir assim.
Como eu sinto.
 
Por sentir.
Por ser.
Por me sentir 
tão terrivelmente só.

Quando se vão as ilusões
que tão estupidamente criei
para não me sentir só.

segunda-feira, 21 de outubro de 2013

Destino, por Mauro Camargo

"O destino é vivo e independente, e se adequa exclusivamente às nossas necessidades, indiferente se essas necessidades nos trarão risos ou lágrimas."
( Do livro ALOR, de Mauro Camargo )

Família, por Mauro Camargo

"Somos uma família, independente dos laços de sangue. O que nos prende uns aos outros é o sentimento, e o sentimento é sempre mais confiável que a obrigação. "
(Do livro ALOR, de Mauro Camargo)

quarta-feira, 25 de setembro de 2013

Certezas

Maior tesouro: família. 
Família: quem mora no coração.
Lar: onde o coração mora.

Passando

Em outras circunstâncias
que bom seria
caminhar à noite
no calçadão
da avenida
mais bela da cidade...

Onde passeiam
todos os tipos,
todas as tribos,
todos os clãs.
 
Onde as minorias
andam  de mãos dadas.

segunda-feira, 26 de agosto de 2013

Limites

Às vezes amar
também significa
exatamente
dizer não.

Às vezes
um não
pode ser
a maior prova
de amor.

domingo, 25 de agosto de 2013

Num mundo sem críticos...

Me chamaram de poderosa
(imagina se soubessem que eu tenho 4 filhos!),
de guerreira, de fofa, de linda e de anjo...


Me deram os parabéns por receber 
cada pessoa com um sorriso.
Disseram que meu sorriso 
é maravilhoso e que ilumina a todos...


Até abençoada eu fui...

Meu público está 
me fazendo sentir querida
como uma estrela de cinema...

Nada como ser elogiada, pra variar...

sexta-feira, 23 de agosto de 2013

Importância

Triste é a certeza
de que um dia 
não vou mais 
me importar.

De que um dia 
não vai mais 
importar.

quarta-feira, 21 de agosto de 2013

Do amor hebraico

Não é apenas
um anel da sorte.
É uma jóia mística.
É cabalística.
Um amuleto.
Um talismã.
Um mantra.
Uma esperança.
Uma espera.

terça-feira, 20 de agosto de 2013

Repressão

O problema está
na repetição
da situação
de me reprimir.

Será sina?

Ou apenas uma escolha
para não enfrentar
o que não sei lidar?

segunda-feira, 19 de agosto de 2013

Medos

De perder o juízo.
De perder a razão.
De perder o controle de mim.
De perder o pouco amor que tenho.
Da solidão.
De não ter quem cuide de mim.
De não ser o tesouro de ninguém.
Do julgamento.
Da culpa.
Da condenação.
Das penas.
Do medo.
Do ciúme.
Da raiva.
Da angústia.
Da ansiedade.
Do pânico.
Da tristeza.
Da melancolia.
Do nervosismo.
Do descontrole.
Da apatia.
Da falta de coragem.
Da falta de vontade.
Da confusão de sentimentos
dentro de mim.
Do turbilhão de emoções
em conflito.
Da avalanche que me arrasta.

quinta-feira, 15 de agosto de 2013

Plano de metas


Relaxar.
Despreocupar.
Não "temer o correr da luta."
"Esquecer o medo."
Curtir os momentos.
Entregar a Deus.
Esperar sempre pelo melhor.
Desapegar.

terça-feira, 13 de agosto de 2013

Anseio

Necessito uma absolvição
que ninguém pode me dar. 
Principalmente porque
não quero deixar de pecar.

quarta-feira, 31 de julho de 2013

Engasgo

Desculpe o transtorno.
Acredite, não vai querer saber como me sinto.
Às vezes meus sentimentos podem não ser bonitos nem louváveis.
E não me orgulho disso.
Mesmo assim, é assim que me sinto.
Sei que não quer absolutamente saber o que sinto.
Não há lugar para o que sinto.
Meus sentimentos são fora de propósito e não têm cabimento.
Mas o fato é que sinto mesmo assim.
Não há dimensão para a culpa que sinto.
De repente o sentimento mais lindo, puro e verdadeiro parece ser feio, errado, mau.
E uma voz dentro de mim não se cansa de repetir que quem deveria estar sofrendo era eu.
Porque eu é que sou a pecadora.
Afinal, desobedeci o que foi mandado.
Desculpe a minha fraqueza.
Desculpe a minha humanidade.
Um dia serei capaz de dizer: 
"Sei que não deveria sentir tal coisa, mas dane- se, é tal coisa que estou sentindo."
Por enquanto sou eu que vivo eternamente engasgada.

segunda-feira, 29 de julho de 2013

Bemquerer

Quem ama quer bem. 
Quem ama não quer dominar.
Quem ama não quer possuir.
Quem ama não quer ser dono.
Quem ama quer ver feliz.
Quem ama quer o Bem.

sábado, 27 de julho de 2013

quarta-feira, 24 de julho de 2013

terça-feira, 23 de julho de 2013

Inútil

Tem coisas
que eu preferia não saber,
já que não posso resolver,
não me pertencem,
não são minha responsabilidade, 
não dependem de mim,
não são da minha alçada
e me doem muito.

segunda-feira, 15 de julho de 2013

Voz

À parte a triste e lamentável violência de alguns que absolutamente não nos representam, mostramos que sabemos ir às ruas não apenas para torcer para a nossa amada seleção ou para ver e fazer o espetáculo chamado Carnaval, mas também para gritar e mesmo cantar as nossas insatisfações, necessidades, desejos e reivindicações, a nossa sede e fome de mudanças.
Democracia se aprende exercitando.
# PARABÉNS BRASIL

sexta-feira, 12 de julho de 2013

O útero, o colo e o beijo

Só é príncipe
porque é filho da rainha. 

Só é encantado
porque a princesa o encantou.
 
O que seria do homem
sem o poder da magia feminina?

Sentimento patriótico

Sem nunca ter consultado o dicionário para saber o verdadeiro sentido e a diferença (se é que existe) entre essas duas palavras, tenho a minha própria definição (pessoal, intuitiva, afetiva) para nacionalismo e patriotismo.
 
Nesse sentido, sou contra o "nacionalismo", que para mim significaria exaltação do seu próprio país em detrimento dos outros, tipo se achar superior (me lembra um pouco "nazismo"), tipo "eu sou o bom e o resto do mundo que se dane", ou "eu sou o bom e o resto do mundo é lixo" (como fazem os estadunidenses).
Já patriotismo para mim soa como sinônimo de AMOR à pátria, AMOR ao meu país.
E, eu confesso, eu amo meu país. Mesmo não acreditando em fronteiras e estando convicta de que somos todos membros de uma só grande família chamada Humanidade, amo de maneira particular e especial o meu país, assim como a minha cidade, a minha família.
Nesse sentido, confesso sem vergonha e com orgulho que sou patriota.
Confesso que amo as cores da nossa bandeira e que me emociono profundamente com o nosso Hino Nacional. Que aliás, convenhamos, é o hino mais lindo do mundo. Tudo bem que o que a letra dele diz não seja historicamente verdadeiro, se tomado ao pé da letra,  mas é simbólico,  absolutamente poético. Um dos mais belos poemas e uma das mais belas melodias que conheço, independentemente de ser um hino.
Amo e tenho orgulho da diversidade ("racial", cultural, religiosa, etc etc etc.) do meu país, cujo lema para mim é: "o que o mundo separa, o Brasil junta."
Amar é enxergar e valorizar o melhor e se esforçar pra melhorar o pior. É exaltar as qualidades e dedicar-se com afinco a tentar consertar os defeitos.
É esse patriotismo que o Brasil, essa nossa tão jovem nação, precisa.

quinta-feira, 11 de julho de 2013

Eu sei, mas não devia (Marina Colasanti)

Eu sei que a gente se acostuma. Mas não devia.

A gente se acostuma a morar em apartamentos de fundos e a não ter outra vista que não as janelas ao redor. E, porque não tem vista, logo se acostuma a não olhar para fora. E, porque não olha para fora, logo se acostuma a não abrir de todo as cortinas. E, porque não abre as cortinas, logo se acostuma a acender mais cedo a luz. E, à medida que se acostuma, esquece o sol, esquece o ar, esquece a amplidão.

A gente se acostuma a acordar de manhã sobressaltado porque está na hora. A tomar o café correndo porque está atrasado. A ler o jornal no ônibus porque não pode perder o tempo da viagem. A comer sanduíche porque não dá para almoçar. A sair do trabalho porque já é noite. A cochilar no ônibus porque está cansado. A deitar cedo e dormir pesado sem ter vivido o dia.

A gente se acostuma a abrir o jornal e a ler sobre a guerra. E, aceitando a guerra, aceita os mortos e que haja números para os mortos. E, aceitando os números, aceita não acreditar nas negociações de paz. E, não acreditando nas negociações de paz, aceita ler todo dia da guerra, dos números, da longa duração.

A gente se acostuma a esperar o dia inteiro e ouvir no telefone: hoje não posso ir. A sorrir para as pessoas sem receber um sorriso de volta. A ser ignorado quando precisava tanto ser visto.

A gente se acostuma a pagar por tudo o que deseja e o de que necessita. E a lutar para ganhar o dinheiro com que pagar. E a ganhar menos do que precisa. E a fazer fila para pagar. E a pagar mais do que as coisas valem. E a saber que cada vez pagar mais. E a procurar mais trabalho, para ganhar mais dinheiro, para ter com que pagar nas filas em que se cobra.

A gente se acostuma a andar na rua e ver cartazes. A abrir as revistas e ver anúncios. A ligar a televisão e assistir a comerciais. A ir ao cinema e engolir publicidade. A ser instigado, conduzido, desnorteado, lançado na infindável catarata dos produtos.

A gente se acostuma à poluição. Às salas fechadas de ar condicionado e cheiro de cigarro. À luz artificial de ligeiro tremor. Ao choque que os olhos levam na luz natural. Às bactérias da água potável. À contaminação da água do mar. À lenta morte dos rios. Se acostuma a não ouvir passarinho, a não ter galo de madrugada, a temer a hidrofobia dos cães, a não colher fruta no pé, a não ter sequer uma planta.

A gente se acostuma a coisas demais, para não sofrer. Em doses pequenas, tentando não perceber, vai afastando uma dor aqui, um ressentimento ali, uma revolta acolá. Se o cinema está cheio, a gente senta na primeira fila e torce um pouco o pescoço. Se a praia está contaminada, a gente molha só os pés e sua no resto do corpo. Se o trabalho está duro, a gente se consola pensando no fim de semana. E se no fim de semana não há muito o que fazer a gente vai dormir cedo e ainda fica satisfeito porque tem sempre sono atrasado.

A gente se acostuma para não se ralar na aspereza, para preservar a pele. Se acostuma para evitar feridas, sangramentos, para esquivar-se de faca e baioneta, para poupar o peito. A gente se acostuma para poupar a vida. Que aos poucos se gasta, e que, gasta de tanto acostumar, se perde de si mesma.
(1972)

Marina Colasanti
 nasceu em Asmara, Etiópia, morou 11 anos na Itália e desde então vive no Brasil. Publicou vários livros de contos, crônicas, poemas e histórias infantis. Recebeu o Prêmio Jabuti com Eu sei mas não devia e também por Rota de Colisão. Dentre outros escreveu E por falar em Amor; Contos de Amor Rasgados; Aqui entre nós, Intimidade Pública, Eu Sozinha, Zooilógico, A Morada do Ser, A nova Mulher, Mulher daqui pra Frente e O leopardo é um animal delicado. Escreve, também, para revistas femininas e constantemente é convidada para cursos e palestras em todo o Brasil. É casada com o escritor e poeta Affonso Romano de Sant'Anna.

O texto acima foi extraído do livro "Eu sei, mas não devia", Editora Rocco - Rio de Janeiro, 1996, pág. 09.

Renascer

Todos os dias acordar
é como nascer de novo.

Num parto difícil,
meu corpo se enrosca
em posição fetal.

Abraçando o travesseiro no coração,
luta bravamente contra a mente
que diz "levante-se".
 
Recusando-se a deixar
o casulo útero cobertor.

Casa

Prefiro me sentir rainha
num casebre
que gata borralheira
num castelo.

quarta-feira, 3 de julho de 2013

Vontade

Quando não vejo,
posso até pensar
que não tenho.

Quando vejo,
penso que até
posso ter.

Quando me toca,
toma conta de mim.

terça-feira, 25 de junho de 2013

Transparência

Para o atual estágio da humanidade,
eu possuo um defeito grave:
não sei dissimular o que sinto
nem simular o que não sinto.
 
Como sou lenta
e o planeta está em evolução,
acalento a esperança de
que antes que eu o aprenda,
já não seja mais necessário.

quarta-feira, 19 de junho de 2013

Canção do mar

Juntando a minha voz
à dessa multidão anônima,
indignada e cansada...

De engolir tudo
passivamente
goela abaixo...

Que finalmente descobriu
que juntos,
em coral,
podemos nos fazer ouvir...

Sinto-me uma valiosa gota,
ajudando a formar
esse espetáculo
grandioso e belo.

Um mar de gente.
Uma canção de amor.
Uma canção de cidadania.


Canção de acordar

A emoção de fazer parte
desse momento histórico.
Onde o grito de todos
é o grito de cada um.
Onde a canção de todos
é a canção de cada um.
Porque a insatisfação é geral.
É coletiva.
Mas também é individual.
É pessoal.
Porque todos
e cada um
é sempre afetado.
Pelo que acontece.
E pelo que não acontece.


sábado, 15 de junho de 2013

Amor à vida

Minha mente insana
e meu insensato coração
traçam linhas imaginárias,
fronteiras inexistentes,
meridianos e paralelos,
criam regras malucas,
limites impossíveis
e parâmetros fictícios,
ferramentas e recursos desesperados,
travam uma luta constante
nessa história sem fim (espero),
e sem final feliz,
simplesmente para não enlouquecer de vez
e para não ter que desembarcar
dessa viagem insólita
na qual embarcaram inteiros,
de corpo e alma...

Incógnita, absolvição e cura

Em todas as datas
eu sonho
te dar de presente
uma caixinha azul
com laço cor de rosa...

Contendo dentro dela
o que você MAIS deseja
no momento.

Aquilo que você pediria
se encontrasse
o gênio da lâmpada
e tivesse direito
a um único pedido.

Houve um tempo
em que eu nem mesmo
sabia o que era...

Depois era óbvio
e agora
a vida mudou
a sua prioridade.

Mas eu não sou um gênio
e o seu MAIOR desejo
está sempre fora
do meu alcance.

E você já deve ter
uma enorme coleção
de caixinhas...

Todas contendo
apenas
o meu invisível
desejo
de realizar
o seu desejo.

Por isso só posso te dar
o que tenho
para te oferecer:

Meu coração,
meus ouvidos,
meu colo
e a minha mão.

E a minha oração.

Para que TODOS
os seus desejos
se realizem.


sábado, 1 de junho de 2013

Estranho

Beijo roubado
Com gosto de clandestino
De clã
De destino

Identificação

O João
já não é o "João da Mamãe".

O João
agora é o "João da Maria".

Mas só eu posso dizer que o tive.

Retrospectiva 2012

Reconquistei o mar depois de muitos anos.
Virei uma mulher integral.
Ganhei um carro com motorista (um lindo gatinho  de olhos verdes).
Assisti a primeira peça da minha filha e a vi encontrar seu príncipe encantado.
Acompanhei um fenômeno da telenovela brasileira.
Contemplei cada filho crescendo (em diversos sentidos), encontrando seu caminho, atingindo suas metas e me enchendo de orgulho.
Li livros espetaculares, assisti filmes sensacionais, ouvi músicas maravilhosas, outras deliciosas.
Conheci personas fascinantes.
Reencontrei grandes amigos.
Vivi grandes emoções.
Em momentos difíceis, tive sempre a intervenção Divina através de anjos em forma de amigos.
Dei e recebi muito amor.
Encontrei minha vocação (finalmente!!) e meu lugar no mundo.
Testemunhei milagres. Vivi milagres.
Curti MUITO minha neta.
Descobri mais uma lição que ainda preciso aprender: a não deixar NINGUÉM me convencer que não tenho valor.
Balanço geral: foi um ano maravilhoso.
Se o mundo quiser acabar, fique à vontade, porque eu só tenho o que agradecer.
Se não, que venha 2013, que ainda por cima traz o meu número da sorte, portanto será mais abençoado ainda!



Entre os dedos

Tou com dificuldade de segurar alegria.
Preciso de um fixador de alegria...


domingo, 28 de abril de 2013

Quando me amei de verdade (Charles Chaplin)

♥ Quando me amei de verdade, compreendi que em qualquer circunstância, eu estava no lugar certo, na hora certa, no momento exato. E então, pude relaxar. Hoje sei que isso tem nome... Auto-estima. Quando me amei de verdade, pude perceber que minha angústia, meu sofrimento emocional, não passa de um sinal de que estou indo contra minhas verdades. Hoje sei que isso é... Autenticidade. Quando me amei de verdade, parei de desejar que a minha vida fosse diferente e comecei a ver que tudo o que acontece contribui para o meu crescimento. Hoje chamo isso de... Amadurecimento. Quando me amei de verdade, comecei a perceber como é ofensivo tentar forçar alguma situação ou alguém apenas para realizar aquilo que desejo, mesmo sabendo que não é o momento ou a pessoa não está preparada, inclusive eu mesmo. Hoje sei que o nome disso é... Respeito. Quando me amei de verdade comecei a me livrar de tudo que não fosse saudável... Pessoas, tarefas, tudo e qualquer coisa que me pusesse para baixo. De início minha razão chamou essa atitude de egoísmo. Hoje sei que se chama... Amor-próprio. Quando me amei de verdade, deixei de temer o meu tempo livre e desisti de fazer grandes planos, abandonei os projetos megalômanos de futuro. Hoje faço o que acho certo, o que gosto, quando quero e no meu próprio ritmo. Hoje sei que isso é... Simplicidade. Quando me amei de verdade, desisti de querer sempre ter razão e, com isso, errei muitas menos vezes. Hoje descobri a... Humildade. Quando me amei de verdade, desisti de ficar revivendo o passado e de preocupar com o futuro. Agora, me mantenho no presente, que é onde a vida acontece. Hoje vivo um dia de cada vez. Isso é... Plenitude. Quando me amei de verdade, percebi que minha mente pode me atormentar e me decepcionar. Mas quando a coloco a serviço do meu coração, ela se torna uma grande e valiosa aliada. Tudo isso é... Saber viver! ♥

Charles Chaplin


Sem certeza

Sou velha demais para ter certezas.
Quem as tiver que as defenda.

Eu prefiro aguardar para ver
quais são os Planos de Deus.

Porque a vida
(e isso eu aprendi por experiência própria)
é uma caixinha de surpresas.

sábado, 13 de abril de 2013

Estrela


Sempre quando chega a noite estrelas vêm iluminar
E me fazem sonhar, imaginar você aqui
Preciso de você, só pra me guiar

Minha estrela não se esconda, 
pois sei que eu vou te encontrar
Vamos viajar e acender de vez, a nossa paixão
Virar constelação, num só coração

Estrela por favor escute o que eu vou falar
Quero te amar, mesmo que o sol aparecer
Eu não vou mudar mais de opinião
Não me deixe aqui no chão

Minha estrela não se esconda, 
pois sei que eu vou te encontrar
Vamos viajar e acender de vez, a nossa paixão
Virar constelação, num só coração

Estrela por favor escute o que eu vou falar
Quero te amar, mesmo que o sol aparecer
Eu não vou mudar mais de opinião
Não me deixe aqui no chão(2x)
Estrela do meu coração


(Composição: Diego Monteiro / Gabriel)

sexta-feira, 12 de abril de 2013

Perdas necessárias

Nunca apostei, porque não acredito que exista vencedor.
Não entro em guerras e disputas, porque sei que todos perdem.
Sou promotora da paz e do amor.
Sempre me empenhei na soma, ao invés da divisão.
Se falhei, é sinal que ainda há algo a aprender.
Com certeza, o desapego.

quinta-feira, 11 de abril de 2013

Luxos

Não preciso de muito pra ser feliz.

Meu paraíso não necessita de muito luxo
nem de grandes distâncias.

O mar
(que com seu balanço e amplidão me acalma
e me faz sentir em contato direto com Deus)...

O sol
(que me aquece o coração e me alegra a alma)...

As pessoas que eu amo...

Um bom livro...

Não precisar cozinhar
(não que eu cozinhe muito no dia a dia,
mas falo num sentido amplo e retórico de despreocupação)...

Poder comer batata frita à vontade sem me preocupar
que a roupa no varal vai ficar cheirando a gordura...

Um dinheirinho sobrando pra comprar umas cangas a mais...

Paz e alegria...

Pra mim, "luxo" é isso.

O suficiente para recarregar as baterias para mais um ano...

Paraíso

Quando o verde e o azul
se encontram,
sou feliz...

quarta-feira, 10 de abril de 2013

quinta-feira, 4 de abril de 2013

Recepção

Obrigada verde
por me abraçar
quando chego ao meu lar!


Obrigada  estrelas
por me receberem com seu brilho!


Obrigada filhos
por estarem lá!

Título

Como uma palavra 
tão ouvida, 
tão falada, 
tão usada, 
tão repetida, 
tão comum, 
tão batida, 
tão surrada,
pode mexer tanto comigo?!


Sentido

Obrigada, Deus,
pelo sentimento
que dá colorido, 
luz, perfume, 
calor, adrenalina, 
aventura, emoção, 
serenidade, ousadia, 
harmonia e alegria
à minha vida...

Forma

Maravilha-me o colorido,
os contrastes,
as múltiplas nuances.


Adoro a diversidade,
a pluralidade,
a individualidade.


Cada ser um universo,
único, singular e infinito...


Detesto a formatação
!

domingo, 10 de março de 2013

1000 vezes amém!

Na Luz do Amor, eu me transformo... ♥

"Tiro de dentro de mim toda amargura e todo ressentimento. 

Estou totalmente disposto a perdoar. 
Se me lembro de alguém que me prejudicou em algum momento, 
abençoo essa pessoa com amor e a liberto. 
Eu sei que ninguém pode tirar de mim o que é meu por direito. 
Aquilo que me pertence sempre voltará para mim. 
Se alguma coisa não voltar, é porque não me pertence. 
Eu aceito essa ideia em paz. 
Abrir mão do ressentimento é extremamente importante. 
Eu confio em mim mesmo. 
Estou protegido e sou motivado pelo amor."

Louise Hay








Tempo tempo tempo tempo...

A chegada de um novo ano me fez refletir sobre o tempo...

Houve um tempo em que desejei que a nossa família fosse normal... Não no sentido convencional, mas no de sermos todos próximos, convivermos mais... Só mais tarde eu descobri que de perto nenhuma família é normal. E que somos todos crianças no Jardim da Infância, assustadas e querendo colo.

Houve um tempo em que eu nos sentia muito sós. Sentia falta dos almoços de domingo, avós, tios, primos, padrinhos...

Ainda bem que guardo algumas preciosas e deliciosas lembranças de momentos da nossa infância em que tivemos isso... Das brincadeiras com a Shirley no Rio, de desenhar o sol no chão pra parar de chover, das latinhas com água na porta da geladeira que me impressionavam, do ciúme da Giane quando ela vinha me visitar ... Com a Ana Paula em Bom Conselho, da porta cortada no meio com a parte de cima sempre aberta, das pulseiras da feira que colecionávamos, do barco Vicking, da praça... Da prima mais velha Elaine, a quem eu não dava sossego, pedindo "vamo brincá de pambelinha"... De como eu as achava lindas e me sentia o patinho feio... De como a casa da tia Juliene era o melhor lugar do mundo... Da batata frita especial em rodelas inigualavelmente fininha e crocante da tia Leda... Só ela em todo o Universo tinha aquele cortador... Das férias na tia Zuleica, batata frita, churros, bagunça e alegria... Das visitas à tia Célia, o pânico do elevador...

Houve um tempo em que sonhei com uma grande família... Acho que para realizar essa parte dei minha contribuição a contento, né? E você também... rs

Houve um tempo em que senti sua falta e me perguntei como a minha irmãzinha que eu cuidava tanto e tinha tanto medo de perder no mercado, na praia pôde ter se transformado numa completa estranha e tão distante de mim... Só mais tarde fui saber que esse "vírus" ataca todos os aborrescentes...

Houve um tempo em que desejei que fôssemos amigas, companheiras, confidentes, que compartilhássemos ideias, sentimentos, preocupações e trocássemos experiências, desabafos, conselhos... Enfim, que tivéssemos coisas em comum. Só depois de termos filhos é que isso foi acontecer. O que só vem mostrar que tudo tem seu tempo.

Há tempo pra tudo e sempre é tempo de agradecer. Então OBRIGADA, maninha! Por cuidar do meu bebê mesmo já tendo o seu pra cuidar. Por ser a irmã mais velha quando eu virei criança de novo. Por ficar comigo quando eu estava mais pra lá do que pra cá. Por cuidar de mim. Por não me falhar quando precisei.

Alguém me disse uma vez que a vida é feita de gestos. Pequenos e grandes gestos que marcam a nossa vida, fazem a nossa história. Alguns valem uma vida inteira. E merecem eterna gratidão.

Valeu, mana! Tá valendo! Feliz Ano Novo! Pra começarmos de novo. Com tudo novo de novo...

Que cada ano nos traga um tempo melhor! Que a cada ano o nosso tempo fique melhor!

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

Conselhos

"Nunca prometa quando estiver feliz,
nunca responda quando estiver irritado,
nunca tome decisões quando estiver triste.

Nunca se desespere antes,
nunca comemore antes,
nunca abandone seu posto antes da batalha terminar."

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

Segundo aniversário

Hoje é dia de gratidão!
(Na verdade todos os dias são...)

Hoje é dia de comemoração!!
(Na verdade todos os dias são...)

Hoje é um dia especial!!!
Na verdade todos os dias são...

Mas hoje é um dia mais especial
entre todos os dias especiais...

Porque hoje é o dia em que ganhei
pela segunda vez o mesmo filho!!!!

OBRIGADA por estar aqui!!!




quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

Lado a lado

Não sei se é idade que está me deixando sentimental (mais ainda do que já sou, se é que isso é possível...). Ou é o tempo que está passando depressa demais, escorrendo entre os nossos dedos. Ou é a vida nos lembrando o tempo todo que o nosso tempo por aqui pode acabar a qualquer instante. Que coisas simples que deixamos pra daqui a pouco, como dar aquele abraço ou dizer aquelas palavras olhando nos olhos pode tão de repente se tornar impossíveis.

Por isso resolvi aproveitar esta data mágica, já que o mundo não acabou, pra falar coisas que venho há algum tempo procurando ocasião. Por exemplo, que ando me perguntando que estranho fenômeno pode fazer com que duas simples colegas de sala, dentre tantas outras, permaneçam tanto tempo na vida uma da outra a ponto de suas histórias se confundirem. 

Quem gosta de explicações racionais poderia falar em afinidade. Mas sabemos que no nosso caso as diferenças predominam. Eu, que não acredito em acaso, prefiro falar em amor. Amor não tem explicação.

Alguém disse que "Amigo é aquele que te conhece a fundo e, apesar disso, te ama".

Então, Ká, quero te dizer OBRIGADA. Por simplesmente me aceitar quando não me compreende. Por ter me escolhido, entre tantas amigas que amealhou ao longo da vida, para compartilhar o seu caminho, a sua intimidade e o seu bem mais precioso: a sua família. Por ter me elegido, dentre todas as outras, a sua irmã.

Por ter seguido comigo pela vida, lado a lado, mesmo quando distantes. Por ter segurado a minha mão na dor do parto e em tantas outras dores. Por cada abraço, cada gesto, cada palavra, cada silêncio.

Se alegria compartilhada é dupla alegria e dor compartilhada é meia dor, quero te agradecer por ter dobrado as minhas alegrias e diminuído minhas dores.

Fran, obrigada por ter sido maior que todos os preconceitos e restrições, me aceitando e permitindo que a minha família se misturasse com a sua, nossos filhos crescerem como irmãos e por ter me honrado com a sensação de PERTENCER. E principalmente obrigada por cada momento em que esteve, está e estará presente na vida dos meus filhos. Discretamente, sem dar a perceber, você aos poucos também foi se tornando um irmão.

Bruno, Gu, Nika, obrigada por me concederem o privilégio de me adotarem como tia, não por obrigação, mas de livre vontade.

Peço que vocês e o Fê, a Jana, o Ga, a Jade e seus pares não deixem esse elo se romper quando nós tivermos partido. Porque a minha ligação com a Ká, essa vem do passado e continuará no futuro, vidas afora. Mas a semente que deixamos, essa cabe a vocês cultivarem, mantendo e estreitando esses laços tão raros e especiais para as próximas gerações, para os filhos de vocês.

Não encontro palavras pra expressar o quanto amo todos vocês, família Fico. Não consigo imaginar como teria sido a minha vida até aqui sem vocês. Vocês são a minha FAMÍLIA.

Meu pedido para o Papai Noel é que passemos pelo menos mais uns 100 natais juntos. Tudo junto e misturado!

As “quatro leis da espiritualidade”

Na Índia, são ensinadas as "quatro leis da espiritualidade".

A primeira diz : "A pessoa que vem é a pessoa certa". Ninguém entra em nossas vidas por acaso… Todas as pessoas ao nosso redor, interagindo com a gente, têm algo para nos fazer aprender e avançar em cada situação.

A segunda lei diz: "Aconteceu a única coisa que poderia ter acontecido".
Nada, nada, absolutamente NADA do que acontece em nossas vidas poderia ter sido de outra forma. Mesmo o menor detalhe. Não há nenhum "se eu tivesse feito tal coisa…" ou "aconteceu que um outro…". Não. O que aconteceu foi tudo o que poderia ter acontecido, e foi para aprendermos a lição e seguirmos em frente. Todas e cada uma das situações que acontecem em nossas vidas são perfeitas.

A terceira diz : "Toda vez que você iniciar é o momento certo".
Tudo começa na hora certa, nem antes nem depois. Quando estamos prontos para iniciar algo novo em nossas vidas, é que as coisas acontecem.

E a quarta e última afirma : "Quando algo termina, ele termina".
Simplesmente assim. Se algo acabou em nossas vidas é para a nossa evolução. Por isso, é melhor sair, ir em frente e se enriquecer com a experiência. Não é por acaso que estamos lendo este texto agora. Se ele vem à nossa vida hoje, é porque estamos preparados para entender que nenhum floco de neve cai no lugar errado.

quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

Despertar

E de repente me dei conta

que naqueles pesadelos recorrentes,

repetidos por anos a fio,

tantas e tantas vezes,

em que eu corria desesperadamente,

com uma criança nos braços,

sempre tentando salvá-la,

não era eu que salvava a criança...

Era a criança que me salvava!

domingo, 6 de janeiro de 2013

De vez

Bom mesmo seria perder o medo...

O medo de perder.

O medo de estar só.

O medo de não ser aceita.

O medo de não ser amada.

O medo do castigo.

O medo do inferno.

O medo da morte.

O medo da vida.

O medo de ter medo.