estrela, errada, errante, contradição, decepção, abandono, amor, amizade, anjo, treze, flores, cores, cheiros, amores, rosa, cor de rosa, pink, maternidade, diversidade, sol, azul, verde, olhos, sorriso, luz, esperança, abraço, medo, poesia, livros, filmes, ler, cinema, pipoca, eus, diferente, Deus, paixão, carinho, filhos, dúvidas, saudade, melancolia, choro, lágrimas, emoção, desejo, palavras, letras, alegria, medo, nostalgia, traumas, bebês, vida, milagres...

quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014

Colateral


Cansaço da vida.
De estar sempre na margem...
Do problema. Do foco. Do amor.
Vontade de tirar férias da vida.

segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014

Aos 45

4.5. Um ciclo que se encerra, outro que se inicia. Fase de transição.
Filhos criados, maiores de idade, adultos. Pra quem passou de filha (cuidada) a mãe (viver pra cuidar), é tão estranho de repente ficar sem papel pra representar, sem função... 
Hora de aprender a ser eu. A cuidar de mim, a ser cuidada por mim.  
 
Hora de cortar cordões, de não viver mais em função do Outro. Hora de descobrir quem EU sou, de me conhecer, a mim, obra em construção.  Eu por mim mesma.
Não mais viver à sombra, à margem, encolhida, escondida. Não mais me esconder. Não mais estar sempre em segundo plano.  
              
É como nascer de novo.
Tudo tão absolutamente novo e assustador para mim! E nesse processo estarei engatinhando. Confesso que nem sei por onde começar... Mas espero ir descobrindo dia a dia, a cada nova situação, um passinho por vez. Esse há de ser de agora em diante o sentido da minha vida.
(Depois de agradecer por tudo que já vivi, por todas as Bênçãos e milagres que o Pai me concedeu, só peço a Ele que me abençoe, me proteja e me guie no caminho rumo à evolução e à realização em todas as áreas.)
Hora de me assumir. 
Se tem algo que aprendi nessas três quinzenas foi que a vida É de fato uma caixinha de surpresas. E que REALMENTE não vale à pena sofrer por antecipação. Porque quase nunca acontece aquilo que tememos. Acontecem outras coisas que sequer imaginamos. 
Aprendi a simplesmente me entregar nas Mãos de Deus e Confiar. Aprendi que Ele não espera que eu acerte e nem que eu resolva tudo. Ele sabe que não sou capaz.
Aprendi também que de algumas coisas nunca devemos abrir mão. E que outras não têm a menor importância.
Aprendi a só me importar com o que importa. 
Aprendi que o segredo da felicidade é viver um dia de cada vez, com o máximo de alegria possível. Extraindo e absorvendo o máximo de alegria de cada momento.   
Aprendi que eu não controlo nada. E nem deveria. E nem devo tentar.
Aprendi a não levar nada tão a sério.  
Aprendi a me perdoar. Ou ao menos tentar com afinco.
Olhando no espelho para essa completa desconhecida, compreendo que para lograr êxito nessa nova etapa, para realmente passar de fase, esta mulher madura precisa perdoar, absolver, acolher, aprovar, amar e acalentar a menininha assustada, medrosa e eternamente temendo ser abandonada de cinco, a pré-adolescente tímida, envergonhada e complexada de dez, a adolescente romântica e sonhadora de quinze, a mocinha carente e cheia de ilusões de vinte, a jovem senhora reprimida, desiludida e dependente de vinte e cinco, a mulher oprimida, sem esperanças e que acreditava que não merecia nada de trinta, a mulher desesperada e depressiva de trinta e cinco, a mulher cheia de ressentimentos, culpas e preocupações de quarenta. E sinto-a plenamente capaz de fazê-lo. 
Eis o primeiro passo. Foi dada a largada. 
                                       
Seja bem vinda, maturidade!!!