Sentimentos são inexplicáveis
E ininteligíveis
Para o outro
Que não é aquele
Que está sentindo
terça-feira, 26 de abril de 2016
TENTATIVAS
domingo, 24 de abril de 2016
AMBIGUIDADE
terça-feira, 19 de abril de 2016
PASSAGEIRO
Vontade de voltar praquela minha concha e lá ficar, triste, quietinha e sozinha.
Desilusão. Decepção.
As pessoas que nada dão às outras, a não ser desprezo, essas sim têm valor. A elas se ama, por elas se chora.
Quem não tem nada em seu interior para oferecer, esses têm um mística, merecem consideração.
Em contrapartida, uma vida inteira de doação não vale 5 minutos.
Minha mãe sempre me disse: "Quem muito se abaixa, as coisa aparece". Eu devia ter escutado.
Se quem ainda precisa de mim me trata assim, imagina quando não precisar?
Se em troca de uma gentileza que deveria ser espontânea demonstração de apreço eu vou precisar me humilhar, deixa pra lá.
Se alguém precisa que outro se humilhe pra ser sentir melhor, algo está errado. Que vá se tratar. Que eu vou tratar de mim.
Eu não preciso passar por isso. Não mais. Não ainda. Definitivamente, eu não preciso disso.
terça-feira, 12 de abril de 2016
EU TE AMO
segunda-feira, 11 de abril de 2016
DECLARAÇÃO
Não procuro advogado,
sério e bem sucedido,
nem funcionário público,
acomodado e debochado.
Busco o menino poeta
de olhar doce e penetrante,
sorriso meigo e provocante,
de uma delicadeza...
quarta-feira, 6 de abril de 2016
VERSANDO
nossos versos
em sons diversos
nós de versos
nós diversos
nós em versos
nós inversos
nosso universo
anverso
e reverso
segunda-feira, 4 de abril de 2016
REVEILLON
meu trio elétrico,
minha festa de aniversário,
meu presente de natal...
Depois de fazer na minha vida um carnaval,
vem me pedir pra esquecer?
Desculpa, não vai rolar.
Tem coisas que não se esquece.
OUSANDO
Não sabe ainda
que a fome insaciável
que me move e me consome
é de te engolir inteiro?
De ser tua...
De te ter...
Te ler...
Te decifrar...
Te entender...
De te ser...
Ainda que por um instante fugaz...
Te provoca o meu olhar devorador?
AMAR É...
dentre todos os desejos.
Abrir mão de seus próprios desejos
em função dos desejos do outro.
Consumir-se no desejo
até que se esgote
(ou não)
e se converta em amor.
DO PRIMEIRO CAFÉ
só mais um trago,
só mais um...
E tudo acaba
num incêndio,
em combustão
espontânea!
Então descobri
por que não se deve brincar com fogo...
E não me pergunte se é urgente!
A urgência
é proporcional ao desejo...
DO PRIMEIRO BEIJO
Que sonhei tanto com a sua boca
senti tanta vontade de tocar seu cabelo
e de sentir suas mãos em mim
que até doía...
E o desejo de tal forma se apoderou de mim
que, por um breve e inesquecível momento,
tive uma privação de sentidos...
Ou, ao contrário,
sob o domínio dos sentidos,
tive uma privação de razão...